Objetivo específico 1: Criar um backbone óptico na América do Sul, conectando as cidades de Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre (Brasil), Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Guayaquil (Equador), Bogotá (Colômbia), Cúcuta (Colômbia e Venezuela) e Cartagena (Colômbia).

Pacote de Trabalho 1: Backbone Sulamericano

Resultado esperado: Um backbone óptico resiliente e seguro, pronto para suportar comprimentos de onda de 100 Gbps na América do Sul, e que se tornará a principal infraestrutura regional de RedCLARA para pesquisa, educação, inovação e serviço público na América Latina.

Descrição:

O backbone resultante conectará as cidades de Fortaleza (Brasil), onde se situará o ponto de aterragem do cabo intercontinental, a São Paulo e Porto Alegre (Brasil), Buenos Aires (Argentina), Santiago e Arica (Chile), Guayaquil (Equador), Bogotá (Colômbia), Cúcuta (fronteira colombiana com a Venezuela) e Cartagena (Colômbia), de acordo com o mapa.

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O caminho que liga Arica (Chile) a Guayaquil (Equador) poderá ser substituído por um cabo submarino cuja trajetória liga Cartagena (Colômbia) a Fortaleza (Brasil). A rede será composta por caminhos redundantes de fibra óptica, principalmente terrestres, sob os quais serão instalados equipamentos DWDM (Dense Wavelength Division Muplipexing, tecnologia que permite transmitir múltiplos canais óptics através de um único par de fibras ópticas) com capacidade de comprimento de onda de 100 Gbps. Em cada país, a rede fornecerá inicialmente um comprimento de onda de 100 Gbps para o uso do Backbone e um caminho de backup compartilhado com a RNIE do país. Este caminho de backup poderá estar a uma velocidade mais baixa (por exemplo, um múltiplo de 10 Gbps de comprimentos de onda).

É importante notar que um elemento-chave da estratégia para construir o backbone é a "estratégia de retalhos", o que significa que a troncal de RedCLARA será construída através da “remendagem” dos backbones terrestres construídos em cada país em conjunto com a RNIEs, ou usando os backbones já existentes dessas redes nacionais. Não vamos construir uma infraestrutura separada e, portanto, economizaremos no custo de fibras separadas, bem como em manutenção e operações, um ponto básico nas estratégias de sustentabilidade de RedCLARA e das RNIEs. A única exceção poderia ser o caminho submarino alternativo entre Cartagena (Colômbia) e Fortaleza (Brasil). A escolha entre o caminho terrestre que atravessa o Peru ou o caminho submarino que liga a Colômbia e o Brasil será feita com base numa análise de custos. Se possível, ambos os caminhos devem ser instalados.

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Os pontos de conexão entre dois países, quando únicos, serão alcançáveis através de pelo menos duas rotas diferentes para assegurar a resiliência da rede. Um diagrama típico dentro do país será como mostrado na Figura.

O número de nós ópticos dentro de um país dependerá do próprio país, e o caminho de backup pode ser interno, como mostrado nesta Figura, ou internacional, como no caso do Chile, onde um caminho de backup será construído usando uma interconexão entre Argentina e Chile com pelo menos três pontos. Esta é a única exceção, uma vez que isto é possível por causa da geografia de ambos os países e pela longa fronteira compartilhada.

O backbone óptico se conectará ao sistema de cabos submarinos em Fortaleza (o acesso a um cabo submarino direto entre Europa e América Latina é o principal objetivo da iniciativa complementar BELLA-S). A conectividade será assegurada dentro do PoP comum de RNP e RedCLARA em Fortaleza e estará diretamente conectada à Estação de Aterragem do Cabo Submarino na mesma cidade por meio de um caminho redundante para garantir a resiliência até a conexão transatlântica com a Europa.

Além dessa infraestrutura óptica, RedCLARA implantará as camadas 2 e 3 de seu backbone, capazes de fornecer serviços IP, bem como VLANs (Virtual Local Area Network, ou Rede Local Virtual) para projetos especiais. Esse backbone se interconectará com o backbone GÉANT usando comprimentos de onda de 100Gbps nas Camadas 2 e 3.

Este backbone sul-americano se conectará à parte mesoamericana do backbone de RedCLARA através de circuitos alugados de 10Gbps ou mais, como visto na Figura 6, onde a (já existente) Rede Óptica Mesoamericana e as linhas alugadas a serem mantidas também são mostradas. No caso da Venezuela, o backbone óptico estará pronto para que a RNIE venezuelana se conecte em Cúcuta.

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Ao concluir com sucesso a ação complementar para obter capacidade em um cabo submarino direto para a Europa, as redes nacionais sócias de RedCLARA conectadas a este backbone (diretamente ou através de linhas existentes ou alugadas) poderão acessar os serviços VLAN de Camada 3 para se conectarem a RNIEs na Europa através de GÉANT e também para ter acesso a fornecedores de serviços de Internet em Lisboa ou através do GÉANT World Service.

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